A cultura, a nação, Portugal.

a propósito do artigo no jornal Público
"Se a execução orçamental revelar necessidade de mais medidas. Sócrates admite mais austeridade para atingir défice de 4,6% este ano."


Nada disto é normal. Já não é normal há muito tempo. Não são submarinos, não são políticas de austeridade fruto da dita e tantas vezes aclamada crise financeira, não é a justiça que agora não funciona dentro dos tempos previstos para justificar o seu próprio conceito, não é a GNR que deveria ou não arrombar a porta para ir de encontro ao idoso, não é o indivíduo no cargo x, não é a empresa que ganha o trabalho y sem ir a concurso. A questão de fundo somos "nós", que a partir de 74 até aos dias de hoje, pensamos e contribuímos na organização quotidiana deste país, desta sociedade, a forma como intervimos e nos preparamos enquanto pessoas, como nos comportamos no dia-a-dia, o que permitimos ou não bem à frente dos nossos olhos e nada fazemos. Caros concidadãos, os apelos, o lamento, a crítica escrita ou oral num grupo de amigos, a criação de movimentos on-line, a frustração num primeiro estágio, apesar de fortes indicadores da saúde do país e que supostamente levaria qualquer governo ou elite social a meditar sobre o que pretende da sua nação e cultura e aí descer à plateia do teatro da vida, já não chegam. Mas, se me permitem, este é o meu lamento.