Federação Portuguesa de Futebol pede isenção fiscal (IRS), para os prémios dos jogadores (50 mil euros por jogador).
Só para se entender melhor o que realmente pensa o Presidente da Federação de Futebol sobre o papel do Estado no dito desporto, deixo aqui dois excertos noticiosos relativos à incongruência da pessoa em questão.
Nota: O Orçamento de Estado contempla todos os anos uma verba para a FPF através do Ministério do Desporto.
“Gilberto Madaíl entende que o futebol português não necessita do dinheiro do Orçamento de Estado. Para o presidente da Federação Portuguesa de Futebol, este desporto necessitava sim de novas competências e autonomia.
O presidente da Federação Portuguesa de Futebol considerou que o organismo que preside não tem necessidade do dinheiro do Estado, caso este ganhe novas competências e autonomia.
«O futebol é um contribuinte líquido do Estado. Não vivemos do dinheiro do Estado e podemos prescindir do Orçamento de Estado em qualquer momento se nos forem dadas as competências que achamos que o futebol deve ter», explicou Gilberto Madaíl.” in Agência Financeira
1ª Conclusão: Não precisamos do Estado.
“A Federação Portuguesa de Futebol vai pedir ao Governo que isente de IRS os prémios de participação no Mundial que serão pagos aos jogadores, cerca de 50 mil euros por cabeça, noticia o «Jornal de Negócios».
A Federação Portuguesa de Futebol (FPF) entende que os prémios de presença e em função do resultado que os jogadores da selecção receberam pela sua participação no Mundial da Alemanha (no qual ficaram em quarto lugar entre 32 equipas) devem ficar isentos de imposto porque a Selecção contribuiu para a «divulgação e prestígio» do país.
O presidente da FPF, Gilberto Madaíl, disse ao «Jornal de Negócios» que «a pretensão vem de anos anteriores», mas agora, mais uma vez, «há a firme intenção de repetir o pedido junto do Governo uma vez que entendemos que esta isenção decorre dos princípios e das normas legais em vigor».
Em causa está o nº5 do artigo 13º do Código do IRS, que dispõe que este imposto «não incide sobre os prémios atribuídos aos praticantes de alta competição, bem como aos respectivos treinadores, por classificações relevantes obtidas em provas desportivas de elevado prestígio e nível competitivo».
O director desportivo da Federação, Carlos Godinho, admitiu ao JdN que antes do Campeonato do Mundo na Alemanha a «FPF voltou a equacionar a questão internamente e em contactos com os jogadores».
O jornal refere que Gilberto Madaíl está a preparar-se para apresentar ao Governo uma exposição e acrescenta que a decisão ficará nas mãos de Pedro Silva Pereira, que tutela a pasta do Desporto, e do ministro das Finanças, Teixeira dos Santos.
«As selecções nacionais têm obtido, na última década, relevantes resultados internacionais, que muito têm contribuído para a divulgação do prestígio do País no exterior, situação que é justificada pelo lugar que ocupa actualmente o futebol português a nível mundial», lê-se no último dos documentos enviados ao Governo, a que o jornal teve acesso. in Agência Financeira
2ª Conclusão: Precisamos do Estado para algumas coisas.
Moralmente ultrajoso!
3ª Conclusão: Os Portugueses não precisam disto.
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